aquele dos 30…

Esse ano, essa balança (irônico pra uma libriana) chegou forte com o reavivamento da infância em vários aspectos.

Sempre que chega o aniversário, chega também a hora de colocar na balança as ações, atitudes e escolhas da vida né não?

Seja no retorno pra terapia depois de uma alta, seja na leitura de histórias que remetem a infância, seja pelos sonhos realizados e pelos não realizados ainda…

Sempre fui muito sonhadora, e com o tempo fui vendo que como diria Dumbledore “não vale a pena sonhar, e se esquecer de viver” e estou nesse momento ambíguo entre não deixar de sonhar e lutar pelos meus sonhos mais profundos, mas também perceber que já passei dos 30 anos e não “realizei nada” do que imaginava…

Não fui pra Londres, não tenho minha casa, não tenho meu carro, não estou independente financeiramente nem nada desses sonhos mundanos…

Mas ao mesmo tempo que, estou num momento profissional que eu escolho o que quero na hora que quero, posso ir onde quiser, conheço e sou amiga de pessoas incríveis que sou muito fã e tenho colecionado experiências que nunca na vida poderia pensar em realizar.

E aí fica aquela questão.. Qual o meu real sonho?

Bens materias? Itens que todo adulto sonha? 

Ou simplesmente a realização de situações que sempre ficaram nos meus mais íntimos sonhos?

O que é crescer? O que é ser realizado? Qual o limite da realização? Ainda é possível sonhar ou estou muito velha? Será que vale a pena sonhar ou o que tenho coletado de memórias já basta?

Difícil chegar aos 30 anos com a sensação de que você só tem 20. Com a sensação de que sua vida está começando só agora, pq nos últimos 30 anos, vc plantou muita coisa e não conseguiu olhar pra trás pra colher nem um raminho.

E ao mesmo tempo que a maturidade cobra, as costas doem e a responsabilidade também bate.

E assim seguimos vivendo, refletindo e tentando equilibrar a balança das responsabilidades versus experiências.


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